A “Feira de Solos – vida e saúde” foi um dos destaques da 20ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), no campus de Vitória de Santo Antão (PE). Promovida no último dia 25 de outubro pela Embrapa Solos, por meio da Unidade de Execução de Pesquisa de Recife (UEP Recife), com apoio do IFPE, o encontro promoveu um espaço de construção horizontal do conhecimento entre alunos, professores e técnicos do Instituto, com o compartilhamento de saberes sobre a importância do solo na vida e na saúde humanas.
A abertura da feira aconteceu no auditório do prédio de Pesquisa e Extensão do IFPE, com uma mística de motivação e sensibilização dos participantes sobre a importância do solo para nossas vidas e saúde. Ações também foram realizadas na Estação Experimental do Instituto. As atividades foram conduzidas pelos pesquisadores José Coelho de Araújo Filho e Maria Sonia Lopes da Silva, da UEP Recife, e da professora Gizelia Barbosa Ferreira, do IFPE.
“Um solo saudável sustenta a vida por meio de uma produção agrícola equilibrada e sustentável. E a feira mostrou isso, que o solo saudável proporciona vida saudável por acarretar ambiente equilibrado, onde as plantas crescem e se desenvolvem com maior produtividade e qualidade de alimentos”, afirmou Maria Sonia.
A Feira de Solos foi composta de quatro mesas temáticas: Tipos de rochas – exposição e construção coletiva sobre diferentes tipos de rochas e a formação dos solos; cor, matéria orgânica, textura, estrutura, fertilidade e minimonolitos – importância dos atributos do solo como indicadores de qualidade da saúde do solo; monólitos – saberes e sabores das principais classes de solo de Pernambuco; e Material de campo e escritório (publicações) – exposição de material usado para descrição de solos. Além das mesas, os participantes aprenderam com o Perfil Pedológico, para descrição morfológica do solo em campo, com separação de horizontes, identificação da estrutura e da cor, utilizando a Carta de Munsell. Os interessados também tiveram a oportunidade de amassar o solo na mão para identificação da textura.
Segundo Gizelia, a feira constituiu uma oportunidade construtiva de reunir alunos, professores e técnicos do IFPE com a Embrapa para debater a Ciência do Solo no contexto das “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, mostrando a importância do solo como habitat de uma grande diversidade de organismos que desempenham papéis fundamentais nos ciclos biogeoquímicos e na saúde do ecossistema, garantindo a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados a ela.
“Um solo sadio gera uma planta sadia, que gera a saúde do animal e do homem, pois é no solo onde se armazena água e onde se produz os alimentos para a sobrevivência do planeta e da humanidade”, reforçou José Coelho.
“A abordagem metodológica permitiu a interação e participação ativa dos presentes na compreensão de que se deve zelar e cuidar da Mãe Terra como ciência fundamental para o desenvolvimento sustentável, pois é ela que emana a saúde que trata o bem-estar humano como algo interconectado com a saúde dos animais, das plantas e do meio ambiente que compartilhamos. Cuidar do solo é cuidar da vida e da saúde, é colaborar para que o Brasil atinja os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU”, analisa Maria Sonia.
A 20ª Edição da Semana de Ciência e Tecnologia (SNCT) teve como tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, escolhido em alusão ao Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, com reconhecimento da importância das ciências básicas para atingir pelo menos sete dos 17 ODS da ONU.
A SNCT foi coordenada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e ocorreu com ações em todo País, abrangendo atividades em diversas instituições como escolas, universidades, museus, instituições de ciência e tecnologia, centros de pesquisa, parques e jardins botânicos.
Fonte: Embrapa Solos
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