MS terá primeira edição do ‘TecLeite’ para fortalecer cadeia produtiva do leite


Nesta segunda-feira (10), o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Washington Willeman, participou do Giro Estadual de Notícias para falar sobre a primeira edição do TecLeite, um evento que deverá revolucionar a cadeia produtiva do leite em Mato Grosso do Sul.

Willeman destacou a instabilidade do setor leiteiro, especialmente em relação aos preços, e ressaltou a importância do leite como uma das principais fontes de renda para a agricultura familiar no Estado. “Estamos enfrentando um momento crítico, mas há sinais de melhoria. Apesar das dificuldades, o leite continua sendo uma das principais fontes de renda da agricultura familiar no nosso Estado, se não a maior,” afirmou.

Para fortalecer essa cadeia, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) está desenvolvendo diversas iniciativas. Willeman explicou que o secretário Jaime Verruck, junto ao governador Eduardo Riedel (PSDB), que também é produtor de leite, solicitaram a criação de programas para fomentar e valorizar a produção local. Com o apoio dos técnicos liderados pelo zootecnista José Carlos Perone e pelo veterinário Arnaldo, a Semadesc trouxe para o estado um programa criado pela Embrapa há mais de dez anos.

Washington Willeman em entrevista ao Giro Estadual de Notícias

“O TecLeite trará tecnologias modernas com o objetivo de aumentar a produção dos produtores a um custo mais baixo, resultando em maior rentabilidade,” explicou Willeman. O evento reunirá todos os envolvidos na cadeia produtiva do leite, incluindo empresas de insumos, sementes e especialistas em questões ambientais. A expectativa é que o evento se torne uma marca registrada no estado, promovendo anualmente atividades para incentivar a produção de leite.

Um dos principais objetivos do TecLeite é alcançar a neutralidade de carbono até 2030, uma meta estabelecida pelo governador. “Estamos integrando essa discussão com os produtores de leite para que, em áreas menores, possam aumentar sua produtividade atendendo às exigências do mercado atual, incluindo bem-estar animal, qualidade do leite e práticas ambientalmente corretas,” disse Willeman.

O governo estadual e federal também implementaram incentivos tributários para reduzir a importação de leite e favorecer os produtores locais. “No mercado, a oferta e a procura regulam os preços. Portanto, quando conseguimos produzir leite de alta qualidade, necessário para a indústria, que passa por diversos testes sanitários, começamos a equilibrar essa balança,” afirmou Willeman.

A produção de leite de baixo carbono é outro foco do TecLeite, integrando a pecuária com a produção de árvores e outras atividades. “Essa abordagem torna a pecuária leiteira mais lucrativa e alinhada com as demandas do mercado e as expectativas globais por produtos de qualidade, respeitando o meio ambiente e o bem-estar animal,” destacou.

Willeman enfatizou a importância de melhorar a genética do rebanho, trazendo animais altamente produtivos e destinados especificamente à produção de leite. “Este evento ensinará aos nossos produtores como aumentar a produção em menor espaço, proporcionando maior rentabilidade,” explicou.

A primeira edição do TecLeite será realizada em Campo Grande, com a participação de dois pesquisadores da Agraer e dois da Embrapa como palestrantes. “Nosso objetivo é difundir esse conhecimento anualmente em todas as regiões do estado. À medida que surgem novas tecnologias, qualificamos nosso quadro técnico. O TecLeite também serve para capacitar nossos extensionistas e técnicos, que, por sua vez, replicarão esse conhecimento aos produtores na ponta,” concluiu Willeman.

O 1º TecLeite MS é uma realização da Agraer e Embrapa. O evento contou ainda com a parceria e o apoio de diversas instituições e empresas. Será realizado no dia 27 de junho no Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), localizado na Rodovia MS 080, saída para Rochedo, entre o Detran e a UEMS. As inscrições podem ser feitas aqui.

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Fonte: A Critica de Campo Grande

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