Embrapa apresenta tecnologias e ativos na quarta edição do Rio Innovation Week

Tendo como foco o desenvolvimento de negócios sustentáveis, a tecnologia e a inovação, o Rio Innovation Week chega em sua quarta edição e será mais uma vez realizado no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 16 de agosto. A Embrapa estará presente, levando uma série de soluções tecnológicas e informações em seu estande. São tecnologias, ativos, projetos ou programas das três unidades da Empresa no Estado – Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Solos – além da Embrapa Meio Ambiente (SP), da Embrapa Agricultura Digital (SP), da Embrapa Soja (PR) e da Embrapa Gado de Leite (MG).

A lista de tecnologias oferecidas engloba iniciativas para gestão de riscos climáticos na agricultura, descarbonização de cadeias produtivas, segurança alimentar, manejo conservacionista do solo e da água, bioinsumos para aumento de produtividade e crescimento de plantas, fertilidade dos solos, desenvolvimento de cadeias emergentes, entre outras. Veja ao final da matéria a lista com os principais destaques que serão levados ao público.

Além da exposição no estande, a Embrapa também estará na programação técnica do evento. Na terça-feira, 13, às 17 horas, no palco do Pavilhão Agro, Christiane Amâncio, chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, apresentará a palestra Por uma inovação transformativa para a superação das desigualdades sociais. Na quinta-feira, 15, às 11h30, André Dutra, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos, fará a apresentação Sinergias para acelerar a agregação de valor da produção agropecuária do Estado do Rio de Janeiro.

PITEC Agro

A Embrapa também apresentará no Rio Innovation Week a iniciativa do Polo de Inovação Tecnológica do Agronegócio no Rio de Janeiro (PITEC Agro), que tem o objetivo de promover no Estado a interação e a cooperação entre iniciativas empreendedoras privadas, comunidade científica, universidades e instituições públicas para transformar pesquisa e conhecimento em produtos e serviços inovadores, atendendo com mais eficácia as demandas do setor produtivo.

O projeto de estruturação do polo é liderado pela Embrapa, por meio dos três centros de pesquisa localizados no Rio de Janeiro, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), com a participação de atores relevantes do ecossistema de inovação do agro fluminense, envolvendo entes públicos e privados. Fernando Samary, supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, fará uma palestra sobre o PITEC Agro na quarta-feira (14/08), às 10 horas, no estande da Faperj. O público-alvo será, especialmente, representantes de startups. “O polo é uma plataforma que irá unir o ecossistema de inovação fluminense, e sabemos que a capacidade de inovação e trabalho das startups será fundamental para o seu sucesso, devido à agilidade que elas possuem de tocar projetos inovadores. Nosso foco é mostrar a esse público que o polo é uma realidade no Estado”, salienta Samary.

Na quinta-feira, 15, às 10h30, no palco do Pavilhão Agro, Gizelle Bedendo, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, falará para o público geral do Rio Innovation Week sobre a atual fase de estruturação da governança do PITEC Agro, mostrando a experiência da construção de mecanismos para a orquestração do ecossistema de inovação. “Debateremos sobre o potencial do ecossistema de inovação do Rio de Janeiro e como ele tem se voltado para o agronegócio, salientando a necessidade de governança e mecanismos estruturados para que essa atuação no âmbito do agro seja mais efetiva”, revela a gestora.

Fertilizantes e fontes alternativas

A Embrapa Solos também levará duas outras palestras relacionadas à temática dos fertilizantes. Na sexta-feira, 16, às 10h30, no palco do Pavilhão Agro, o pesquisador David Vilas Boas de Campos falará sobre o uso de fontes alternativas na produção de fertilizantes. Ele contextualizará a questão do uso de fertilizantes no Brasil e a necessidade de pesquisar fontes alternativas para aumentar a eficiência de uso dos dos nutrientes na agricultura brasileira, como resíduos agropecuários, dejetos suínos, cama de frango, biochar, resíduos de cervejaria, biodigestatos, entre outros.

Já às 17 horas, também no palco do Pavilhão Agro, o pesquisador Paulo César Teixeira apresentará a Rede FertBrasil, uma iniciativa liderada pela Embrapa desde 2008, que, por meio de um projeto nacional, com recursos próprios, governamentais e privados, organizou a primeira rede nacional de C&T dedicada exclusivamente aos desafios de inovação tecnológica e organizacional da cadeia de fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas no Brasil.

Entre 2009 e 2024, a Rede FertBrasil contou com a participação de mais de 350 especialistas, nacionais e internacionais, em mais de 25 projetos, que mobilizaram recursos financeiros e não financeiros da ordem de R$ 65 milhões. A partir de seus resultados, a rede tem mudado o cenário tecnológico da cadeia de fertilizantes no País, o que pode ser exemplificado pelo salto da oferta de fertilizantes organominerais no Brasil, que, na última década, cresceu a taxas superiores a 5%, alcançando, em alguns anos, dois dígitos de crescimento.

Outro exemplo importante do impacto das ações da rede no mercado de fertilizantes no País se deu pela forte demanda do setor por fertilizantes de eficiência aumentada. A adoção de produtos com tecnologia agregada para controle da liberação de nutrientes foi maciça e ocupa, hoje, boa parte das entregas de fertilizantes NPK, que responde pelo registro e/ou comercialização de mais de 200 produtos no mercado brasileiro.

Atualmente, a Rede FertBrasil está em andamento com recursos aportados em projeto financiado pelo FNDCT/FINEP, envolvendo 15 centros de pesquisa da Embrapa, além de mais seis instituições nacionais de ciência e tecnologia, com possibilidade de geração de resultados de alto impacto ao setor no Brasil e ser referência para a América Latina e África.

Serviço  

Rio Innovation Week

De 13/08 a 16/08

Píer Mauá, Rio de Janeiro

Saiba mais sobre inscrições e programação no site oficial do evento: https://rioinnovationweek.com.br/

O que a Embrapa levará ao RIW 2024Confira os destaques entre as soluções tecnológicas, programas, projetos e ações em rede que a Embrapa demonstrará e apresentará ao público em seu estande ao longo dos cinco dias de evento:Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC): Base para política agrícola e gestão de riscos na agricultura. Elaborado para reduzir riscos relativos às mudanças climáticas, permitindo que municípios identifiquem a melhor época de plantio nos vários tipos de solos, entre outros.Auras – Mitigação da seca por bactérias benéficas: Fruto da parceria entre a Embrapa e a empresa NOOA Tecnologia Agrícola, o Auras é uma tecnologia de bioativo originada da Caatinga que otimiza o uso da água pela planta, possibilita maior proteção do potencial produtivo e mitiga os efeitos de estresses hídricos e térmicos, possibilitando a máxima expressão do potencial das culturas agrícolas.COMBIO – Bioproduto com ação na fixação de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas: Substitui com vantagens o inoculante tradicional para a cultura da soja, pois agrega duas outras estirpes, que valorizam a promoção do crescimento e conferem um maior vigor para a cultura, com potencial para o combate a fungos. Desenvolvido em parceria com a Innova Agrotecnologia.Programa Soja Baixo Carbono: O Programa Soja Baixo Carbono objetiva agregar valor à soja produzida em sistemas que contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, além de atestar a sustentabilidade da produção de soja brasileira.Integra Carbono Neutro: Unifica os esforços da Embrapa junto com parceiros sobre a dinâmica do carbono e dos gases de efeito estufa (GEE) e sua relação com sistemas agroalimentares e florestais, frente às mudanças climáticas.  Leite Baixo Carbono: A Embrapa e parceiros mediram a emissão de gases de efeito estufa em propriedades de leite no País. Com o banco de dados foram criados modelos de predição de emissões e recomendações para a produção de leite baixo carbono e formulação de políticas públicas.Observatório do Leite Orgânico: é uma plataforma de dados, estudos e análises sobre a cadeia produtiva do leite orgânico no País, que visa gerar inteligência estratégica e territorial e subsidiar a formulação de políticas públicas ao segmento.Biofort – Biofortificação de Alimentos no Brasil: A rede é responsável pela biofortificação de alimentos na busca por diminuir a desnutrição, garantir a segurança alimentar e nutricional e desenvolver produtos agroindustriais e embalagens para conservação de micronutrientes.Tomate em Cultivo Sustentável – TOMATEC: é um sistema de produção para o melhoramento do cultivo do tomate de mesa por meio de boas práticas agrícolas, como fertirrigação por gotejamento, ensacamento de pencas, uso de fitilho nas lavouras e manejo integrado de pragas.Orientações para a produção de ovos seguros em pequena escala: O método de limpeza de ovos a seco foi testado em condições reais de produção e foi validado por instituições científicas. As orientações viabilizam a segurança da produção de ovos em pequena escala.Soja Edamame para consumo humano: A cultivar BRS 267 – a soja edamame – foi desenvolvida para o consumo humano e tem ganhado popularidade no País. É uma soja com sabor diferenciado e uma opção para a agricultura familiar ou orgânica, já cultivada em oito estados no Nordeste, Sudeste e Sul.Produto de Indicação Geográfica: Para obter este reconhecimento, o produto precisa ter características do local de origem, que lhe atribuam reputação, valor intrínseco e identidade própria, tornando-se especiais frente ao mercado. Conheça o caso da laranja de Tanguá, que só foi possível graças à atuação científica.Projeto Cidades Sustentáveis: Soluções para o desenvolvimento urbano sustentável em regiões serranas, obtendo diretrizes para reduzir os impactos das mudanças climáticas nas seguranças hídrica e alimentar no bioma Mata Atlântica.Aplicativo Restaura Mata Atlântica: Com informações sobre espécies florestais nativas da Mata Atlântica, sua principal proposta é a identificação, de forma rápida e dinâmica, das características ecológicas, fisiológicas, fitotécnicas e econômicas das espécies vegetais com potencial para uso em projetos de restauração ecológica ou adequação ambiental.Rede de Fomento à Cultura do Lúpulo na Região Serrana Fluminense:  A Rede Lúpulo reúne iniciativas realizadas por instituições de ensino e pesquisa, empresas e pessoas que, conforme suas áreas de atuação, compartilham conhecimentos e recursos e produzem pesquisas para tornar a cultura do lúpulo uma atividade viável em nível nacional.PITec Agro: O Polo de Inovação Tecnológica do Agronegócio no Rio de Janeiro promoverá a cooperação entre iniciativas privadas, comunidade científica, universidades e instituições públicas para transformar pesquisa e conhecimento em produtos e serviços inovadores.Desenvolvimento do Mercado de Carbono no RJ: O acordo de cooperação técnica, em parceria com o governo estadual, busca embasar políticas públicas, instrumentos legais e marcos regulatórios que viabilizem a negociação de créditos de carbono no Rio de Janeiro.Fertmovel: é um laboratório móvel de fertilidade de solos desenvolvido pela Embrapa Solos para operar dentro de um furgão. Seu objetivo é facilitar o acesso de produtores rurais a análises de solos de suas propriedades.Caravana Embrapa FertBrasil: Iniciativa que tem como objetivo levar ao setor produtivo práticas e tecnologias para o aumento da eficiência dos fertilizantes na agricultura brasileira. A caravana conta com a participação efetiva do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Rede FertBrasil.Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade – PAQLF: Propõe-se à avaliação e correção da qualidade analítica dos laboratórios participantes. Com a adoção do Selo de Qualidade, o programa passou a funcionar como um meio de atestar o desempenho satisfatório dos laboratórios perante seus clientes.Soluções GeoABC+: Conjunto de iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação para monitoramento remoto da intensificação sustentável da agropecuária brasileira (cultivo em sucessão e integração Lavoura-Pecuária-Floresta), por meio de imagens de satélite.Módulo IS_AGRO: Indicadores Agro-Socioambientais do Brasil: Soluções digitais para criação, estimativa e divulgação de indicadores agro-socioambientais do Brasil, permitindo identificar, avaliar e monitorar os impactos ambientais, sociais e econômicos relacionados às atividades agropecuárias. Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil- PronaSolos: Coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e várias instituições estratégicas para a investigação, inventário e interpretação dos dados de solos brasileiros. Seu objetivo é mapear os solos de 8,2 milhões de km² do País até 2048, em escalas que vão de 1:25.000 a 1:100.000.Sustentabilidade de Agroecossistemas com Barragem Subterrânea: Tecnologia social que vem sendo implementada em vários estados no Semiárido brasileiro que consiste no uso de lona plástica que desce no solo em valas cavadas em regiões declivosas das áreas de plantações, retendo a água dentro do solo por vários meses.Ações de pesquisa em serviços ecossistêmicos e ambientais: Os serviços ecossistêmicos são os benefícios gerados pela natureza que sustentam a vida no planeta. São essenciais para garantir a produção agrícola. Já os serviços ambientais são os benefícios resultantes de intervenções intencionais da sociedade na dinâmica dos ecossistemas, como o manejo conservacionista do solo e da água.Ações de pesquisa em agricultura urbana: É uma estratégia para a promoção de “Cidades Sustentáveis”, pois contribui para a segurança alimentar, geração de renda, saúde e bem-estar da sociedade. A agricultura urbana pode desempenhar ainda um papel importante para a construção de cidades resilientes, atuando na melhoria da paisagem urbana e na gestão dos recursos hídricos.Gongocompostagem: Compostagem de resíduos orgânicos de origem vegetal realizada pelos gongolos, pequenos invertebrados que fazem parte da fauna do solo e que possuem uma excepcional capacidade trituradora. O composto gerado dá origem, em cerca de 90 dias, a um substrato para produção de mudas muito leve, o que facilita o transporte no campo.Xaxim agroecológico: Apresenta capacidade de retenção de água e de fornecimento de nutrientes similares ao xaxim tradicional, o que permite o bom desenvolvimento das plantas. Produto com processo inovador, que leva em consideração a preservação do meio ambiente e a produção agropecuária e agroindustrial sustentável e ambientalmente amigável.Hamburguer, siriju e kafta da Amazonika Mundi: Desenvolvidos em parceria com a Embrapa, são produtos feitos à base de vegetais ou plant-based, a partir do uso de fibra de caju, possuindo características semelhantes aos de origem animal. Além de atender a um público preocupado com o consumo consciente e sustentável, os produtos exploram resíduos da indústria de suco de caju.

Fonte: Embrapa Agrobiologia

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