Alagoas discute redução de carbono na produção de carnes

O pesquisador Roberto Giolo, da Embrapa Gado de Corte

Alagoas foi palco, na terça e quarta (5 e 6), do Seminário de Certificação de Baixo Carbono na Produção de Carnes, fruto da parceria entre a Embrapa, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) e o Sebrae Alagoas.

Com apoio do Governo de Alagoas, por meio da Seagri-AL, Secti-AL, Emater-AL e Fapeal, e do Governo Federal, com a Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária em Alagoas, o encontro reuniu produtores, consultores, assistentes técnicos, agentes públicos e pesquisadores para discutir técnicas e boas práticas para redução das emissões de carbono na pecuária de corte alagoana.

O seminário reuniu atores e temas relativos a uma série de políticas públicas atualmente em desenvolvimento no estado, como o Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) do Governo Federal e Governo de Alagoas, o Programa Mais Pasto, da Faeal, e a Capacitação Continuada em Sistemas de Integração Lavoura – Pecuária – Floresta (ILPF) oferecida para técnicos e produtores alagoanos, iniciativa da Embrapa, do Sebrae-AL e da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), que conta com a parceria nacional da Associação Rede ILPF.

Debates

Na terça (5), no auditório do Sebrae em Maceió, o evento teve início com a fala de boas-vindas do superintendente do Sebrae-AL Vinicius Lages.

Ao longo da manhã, as discussões trataram de temas como métricas para a Carne Baixo Carbono, desafios para a certificação, rastreabilidade e controle, com Roberto Giolo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Sergio Pimenta, da Certificadora IBD, e Ricardo Amaral, da Certificadora Localiza.

Giolo, um dos pesquisadores que ajudaram a desenvolver os parâmetros quantitativos e qualitativos para os protocolos de produção de carne de baixo carbono, destacou que geralmente os sistemas propostos são mais eficientes não só do ponto de vista da redução do carbono, mas também em aumento de produtividade. “O que a pesquisa busca desenvolver e validar com os produtores é realmente um sistema sustentável sob os dois aspectos”, explica.

A tarde de terça foi reservada para partilha de experiências e discussão de cenários pelos atores alagoanos. 

Foram apresentados os resultados de pesquisa obtidos nas Unidades de Referência Tecnológica de ILPF de Alagoas pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Embrapa Florestas (Colombo, PR) e Sebrae/Floral. Os relatos ficaram a cargo do pesquisador Paulo de Albuquerque, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, e os consultores Adalberto Silva e Marcos Rezende. 

A vivência de treinamento na produção de mudas florestais em parceria com a empresa Arbogen foi apresentada pela técmica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Camila Alexandre. 

Uma grande mesa redonda reuniu técnicos e produtores de destaque no estado para discutir o cenário atual e o potencial de Alagoas para avançar nas boas práticas e na certificação de Carne Baixo Carbono.

Participaram do debate Ademilson Neris, superintendente da Seagri-AL, os produtores parceiros nos trabalhos de ILPF em Alagoas, Álvaro Vasconcelos e José da Silva Nogueira Filho, Álvaro Almeida, presidente da Faeal, Amarilio Monteiro, da Empresa Boi de Engenho, Domicio Silva, da Associação dos Criadores de Alagoas, e Marcelo Araújo, da START Consultoria em Agronegócios.

Visita

A quinta (6) foi dia de visita a campo para ver de perto iniciativas com ILPF e práticas sustentáveis de redução de emissões de carbono, na Unidade de Referência Tecnológica instalada em Chã Preta, na Zona da Mata de Alagoas.

Fonte: Embrapa Tabuleiros Costeiros

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