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Embrapa e ABQM assinam acordo de cooperação para fomentar estudos em mormo no País

A Embrapa e a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) fecharam um acordo de cooperação técnico-científica para os próximos três anos, com investimentos globais na ordem de R$ 4,2 milhões, dos quais R$1,03 milhão de reais é aporte da ABQM. A gestão financeira desse acordo será feita pela Fundação Arthur Bernardes (Funarbe). A proposta busca o avanço, a partir do uso de ferramentas biotecnológicas, no conhecimento e controle do mormo, uma doença de notificação obrigatória no Brasil.

“Esse acordo tem como objeto a execução de atividades conjuntas de pesquisa científica e tecnológica com a finalidade de ampliar os conhecimentos gerados no estudo do mormo no Brasil, a partir de novas cepas isoladas de Burkholderia mallei – o agente causador da doença, e uso de ferramentas biotecnológicas”, explica a pesquisadora Lenita Ramires, da Embrapa (Campo Grande-MS), gestora técnica do contrato. Lenita e o imunologista Flabio Araújo, também pesquisador da Embrapa Gado de Corte, lideram juntos as atividades de pesquisa; Carlos Eduardo Auricchio, presidente da ABQM, e Manuel Rossito, superintendente-geral da ABQM, representam a Associação.

Flabio Araújo destaca a parceria com a ABQM e o protagonismo da mesma em incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em enfermidades que acometem equídeos. Auricchio e Manoel Rossitto foram incentivadores e articularam a cooperação técnica com a Embrapa. É a primeira vez que a Embrapa Gado de Corte fecha um acordo com a iniciativa privada nesses moldes.

Em Campo Grande, o projeto conta com uma equipe multidisciplinar composta também pelos cientistas Andrea Egito (biologia molecular), Newton Verbisck (proteômica) e Marlene Barros (nanotecnologia) e apoio da técnica-laboratorista Maria Goretti. As atividades do projeto acontecerão em toda a estrutura do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para Pecuária (Biopec). Inaugurado em 2017 e inserido na Plataforma do MCTI, o Biopec possui áreas de biossegurança nível 1, 2 e 3 (NB1, NB2 e NB3). No NB3 são realizadas atividades que envolvem patógenos de alto risco biológico, causadores de doenças como salmonelose, brucelose, tuberculose e doenças êntero-hemorrágicas, bem como o mormo.

Em estudos divulgados recentemente, os cientistas detectaram DNA de B. mallei em amostras de equídeos de diferentes regiões geográficas do Brasil. A detecção de DNA em amostras provenientes das cinco regiões do país, em equídeos previamente diagnosticados como sorologicamente positivos, amplia a possibilidade de isolamento da cepa e a realização de caracterizações epidemiológicas baseadas em informações moleculares.

Além de Flábio Araújo, Lenita Ramires e demais integrantes da equipe da Embrapa Gado de Corte, o projeto conta ainda com um grupo de bolsistas de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação, mestres e doutores. Com esse novo acordo firmado, novos bolsistas poderão ser contratados, o que permitirá maior agilidade na execução das atividades.

Fonte: Embrapa

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