Parceiro de longa data da Embrapa, o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) homenageou a instituição durante a terceira edição do Interagro 2023, que aconteceu no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande (MS). Este ano, a estatal completa 50 anos desde a sua criação e Mato Grosso do Sul conta com três centros de pesquisa – Gado de Corte (Campo Grande), Agropecuária Oeste (Dourados) e Pantanal (Corumbá).
Líder na implantação de sistemas integrados na modalidade lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o Estado de Mato Grosso do Sul deve isso à adoção e à tecnologia, geradas por institutos como a Embrapa, segundo o presidente do Sindicato, Alessandro Coelho. Um estudo realizado e divulgado pela Associação Rede ILPF, aponta que MS possui mais de 3,1 milhões de hectares com ILPF e a meta é ampliar esse número.
“Os investimentos em pesquisas técnico-científicas, de forma estratégica, nos permite ter uma atividade alicerçada em tecnologia e sustentabilidade”, afirma o pecuarista Coelho. Para Eduardo Riedel, governador de MS, a Embrapa prioriza, com responsabilidade, a agenda sul-mato-grossense, fortalecendo a imagem do agro brasileiro, que apesar de inúmeros desafios é moderno, novo, competitivo e eficiente.
Representando os gestores das três Unidades, Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, lembra que as Unidades nasceram quase que juntas com o novo Estado, “desmembrado que foi do grande Mato Grosso Uno e hoje é um exemplo de diversificação em sua economia, com base na agricultura, pecuária, indústria de biocombustíveis e de celulose, além da tradicional mineração.”
Empreendedorismo e inovação
Tecnologia, inovação e empreendedorismo foram temas de painéis no Interagro e entre as palestrantes estavam Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente. Packer é especialista na interface agricultura e meio ambiente e participou da construção do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (2020-2030).
Ela trouxe ao público, formado por produtores e técnicos, em sua maioria, sobre a importância do ESG para o setor. Tendo como pilares, o ambiente, o social e a governança, as práticas ESG no agronegócio são fundamentadas nos pilares da preservação do meio ambiente, da responsabilidade social e da governança corporativa. Packer comenta que “elas representam as oportunidades para valoração dos produtos, além do embasamento para o crescimento e perpetuidade das empresas”.
Exemplos em ação
Com melhorias na governança corporativa, proporcionadas pela implementação das práticas ESG, as organizações encontram oportunidades para prosperar e ainda no Interagro, a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, Janaína Tanure, apresentou projetos relacionados ao fomento de ambientes promotores de inovação para o setor agropecuário, entre eles, o Corredor de Inovação Agropecuária do Estado de São Paulo e o hub de inovação AgNest. Eles são uma mostra de resultados baseados em ESG.
Tanure explica que “o Corredor de Inovação Agropecuária do Estado de São Paulo se baseia em um conceito de desenvolvimento regional, que busca promover a conexão entre hubs tecnológicos e ambientes de inovação e o setor produtivo, a fim de compartilhar recursos, conhecimento e competências e impulsionar a inovação aberta e o empreendedorismo no agro”.
O AgNest, por sua vez, é liderado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP) e Embrapa Agricultura Digital (Campinas-SP), em parceria com as empresas Nutrien, Banco do Brasil, Jacto e Bayer. A analista da Embrapa define o AgNest como um centro de inovação – uma fazenda-laboratório, e nele as startups podem interagir e fomentar propostas no contexto da inovação aberta e criar redes capazes de conectar essas corporações aos cenários da ciência e dos mercados.
Fonte: Embrapa
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