Para potencializar a agricultura familiar em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado vai estimular que profissionais recém-formados em Ciências Agrárias e cursos afins atuem junto aos pequenos agricultores. A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais e a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), lançam edital inédito do Programa de Residência em Extensão Rural da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul.
Com investimentos de R$ 5,4 milhões, a iniciativa pretende integrar recém-formados aos ambientes de trabalho, por com treinamentos práticos e supervisionados, além de aproximar e fortalecer a relação do universo acadêmico com a realidade da agricultura sul-mato-grossense, contribuindo para a formação de profissionais capazes de dar respostas às demandas colocadas pelos diferentes segmentos do setor produtivo agropecuário.
“Hoje lançamos um projeto extremamente inovador, de residência agrária e extensão rural para a agricultura familiar do Mato Grosso do Sul. E um projeto que inova, primeiro na formação de profissionais recém-formados que terão a oportunidade, através desse edital, de buscar uma formação, mas uma formação prática e também propiciando um atendimento ao nosso agricultor familiar, às comunidades quilombolas, às comunidades indígenas. É um processo importante na gestão de inovação”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
De acordo com o secretário, o governador Eduardo Riedel “tem destacado que nós temos que criar novos modelos para resolver velhos problemas. E o Programa de Residência Agrária vem exatamente nessa linha. Nós vamos capacitar, vamos remunerar essas pessoas e vamos ampliar a assistência técnica através da formação para a agricultura familiar sul-mato-grossense. Isso em parceria com a Fundect, que lança o edital e com a Agraer, que é a responsável pela atividade de extensão rural no Estado”.
O diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, explica que “o programa vai permitir que jovens recém-formados nos cursos ligados às Ciências Agrárias, ou áreas afins, atuem em unidades produtivas da agricultura familiar, dos povos originários e também das comunidades tradicionais. Isso vai permitir que tenhamos uma nova geração de extensionistas rurais, além do avanço da produtividade. Mato Grosso do Sul está à frente e cria soluções para a gente também gerar segurança alimentar, mais produtos e permitir que todo mundo tenha mais renda e qualificação”.
A iniciativa contempla, além da agricultura familiar, as comunidades de Povos Originários e as Comunidades Tradicionais de Mato Grosso do Sul, levando serviços especializados e mão-de-obra qualificada para melhorar a produtividade e reduzir custos no agronegócio.
Os profissionais de Ciências Agrárias terão a oportunidade de atuar em temas estratégicos para o desenvolvimento tecnológico, financeiro e social dos pequenos agricultores como Carbono Neutro, Agrofloresta, Horticultura, Pecuária de Leite, Apicultura, Agricultura urbana e periurbana; Comercialização; Agroindústria e Cooperativismo e Associativismo.
“Nós estaremos selecionando 40 profissionais que irão exercer a sua formação de forma experimental na realidade da agricultura familiar. Serão todas as universidades públicas e as universidades particulares participando para que a gente possa ter a incorporação desses egressos, profissionais com formação de até cinco anos”, detalha Humberto de Mello Pereira, titular da SEAF.
De acordo com o edital, as propostas para a Chamada Fundect/Semadesc/SEAF 22/2024 devem ser submetidas, via SIGFUNDECT, até às 17h do dia 25 de outubro.
Fonte: Agraer
Comentários